O dólar comercial encerrou a última quinta-feira (28) com alta de 1,3%, cotado a R$6,0142, após começar o dia em R$5,9700. Já o euro, no mesmo período, registrou um aumento de 1,2%, finalizando a R$6,3468, frente à cotação inicial de R$6,2738. Esta sexta-feira (29) teve início com o dólar mantido em R$6,0142, enquanto o euro abriu a R$6,3412.
Agenda Econômica desta Sexta-Feira
Cenário Internacional
- 04h00 – Alemanha: Divulgação das Vendas no Varejo (novembro).
- 05h55 – Alemanha: Dados sobre a Variação no Desemprego (novembro).
- 07h00 – Zona do Euro: Índice de Preços ao Consumidor (IPC) (novembro).
Cenário Nacional
- 08h30 – Banco Central do Brasil: Relação Dívida Líquida/PIB (outubro).
- 09h00 – IBGE: Taxa de desemprego no Brasil (outubro).
Perspectivas Econômicas para o Dia
Real x Dólar
As discussões sobre o cenário fiscal e trabalhista dominam o dia, especialmente após o detalhamento de medidas de ajuste fiscal pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quinta-feira. Entre as iniciativas estão:
- Reajuste do salário mínimo: Vinculado ao limite do arcabouço fiscal.
- Alterações no abono salarial: Restrito a quem recebe até 1,5 salário mínimo.
- Regulamentação salarial no funcionalismo público.
- Mudanças nas regras de aposentadoria militar.
- Fim do benefício conhecido como “morte fictícia”.
Como contrapartida, o governo propôs a isenção do imposto de renda para rendas mensais até R$5.000 e introduziu um imposto mínimo para ganhos acima de R$50 mil mensais, buscando equilibrar o impacto fiscal.
Ainda hoje, espera-se a divulgação de estatísticas fiscais do Banco Central, com previsão de aumento na relação dívida/PIB. O IBGE também divulgará os dados de desemprego de outubro, com projeção de redução para 6,2%, apontando uma possível recuperação do mercado de trabalho.
No mercado de câmbio, a desconfiança sobre a viabilidade das medidas fiscais pode manter o dólar estabilizado próximo de R$6,00.
Real x Euro
Os indicadores econômicos europeus e asiáticos apontam para um cenário misto. Na Alemanha, as vendas no varejo registraram queda de 1,5% em outubro, sugerindo desafios no consumo interno. Apesar disso, o mercado de trabalho perdeu apenas 7 mil empregos em novembro, bem abaixo das expectativas de 20 mil.
Na Zona do Euro, o IPC de novembro teve queda de 0,3%, mas acumulou alta de 2,3% nos últimos 12 meses, sinalizando que a inflação está convergindo para os objetivos do Banco Central Europeu.
Na Ásia, os dados da China a serem divulgados incluem os PMIs composto e industrial. A expectativa é de indicadores ligeiramente acima dos 50 pontos, indicando uma expansão moderada da economia chinesa.
Para o euro, a cotação deve permanecer em torno de R$6,34, refletindo a aversão ao risco causada pela instabilidade fiscal brasileira.
Considerações Finais
O dólar e o euro seguem fortes frente ao real, influenciados por fatores internos e externos. No Brasil, o ajuste fiscal e os dados econômicos divulgados nesta sexta-feira são determinantes para o desempenho do câmbio. Internacionalmente, as condições econômicas na Europa e na Ásia também impactam a percepção de risco dos investidores.
Acompanhar as notícias e manter atenção à volatilidade cambial é essencial para entender os movimentos do mercado.