O dólar iniciou o pregão desta terça-feira (11) em queda, após ter registrado uma forte alta na véspera. A desvalorização ocorre em meio às incertezas globais, com investidores monitorando os impactos da guerra comercial e os temores de uma recessão na economia dos Estados Unidos.
Cotacão do Dólar Hoje
- Dólar Comercial
- Compra: R$ 5,834
- Venda: R$ 5,835
- Dólar Turismo
- Compra: R$ 5,836
- Venda: R$ 6,016
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,34%, a 5.861 pontos. O Banco Central também anunciou um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.
Guerra Comercial e impacto no Brasil
As novas tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre todas as importações de aço e alumínio devem entrar em vigor na quarta-feira (12), afetando diretamente o Brasil e outros parceiros comerciais.
Segundo o Instituto Aço Brasil, os EUA tiveram um superávit comercial médio de US$ 6 bilhões em relação ao Brasil nos últimos cinco anos, e a corrente de comércio entre os dois países somou US$ 7,6 bilhões.
No setor de alumínio, os EUA absorveram 16,8% das exportações brasileiras do metal, movimentando US$ 267 milhões em 2024.
Mercado financeiro e Bolsas de Valores
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (10) em queda de 0,41%, aos 124.519 pontos. As principais influências para o recuo foram:
- Petróleo em queda: Petrobras teve perdas de 0,03% (PETR4) e 0,19% (PETR3), enquanto o Brent recuou 1,53% e o WTI caiu 1,50%.
- Mineradoras afetadas: A Vale (VALE3) recuou 1,62%, acompanhando a desvalorização do minério de ferro, que caiu 0,45% em Cingapura e 0,71% em Dalian.
Confira os destaques positivos:
- Destaques positivos: Magazine Luiza (MGLU3) subiu 4,96% e Assaí (ASAI3) ganhou 3,97%, impulsionados por reações positivas dos investidores a reestruturações internas e estratégias de negócios.
Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram um dos piores desempenhos dos últimos anos, com destaque para o Nasdaq, que registrou sua maior queda desde 2022. Desde a posse de Donald Trump, o valor de mercado das empresas listadas no país encolheu US$ 4,33 trilhões.
Expectativas para o Dólar e Economia Global
A volatilidade do dólar continua sendo influenciada por fatores externos. A guerra tarifária de Trump e os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia aumentam a incerteza nos mercados globais. A possibilidade de um acordo de paz entre os dois países ajudou a pressionar o índice DXY para o menor nível em quatro meses.
Nos EUA, as preocupações com uma possível recessão impactam diretamente os mercados financeiros. A produção industrial brasileira, por sua vez, registrou estabilidade em janeiro na comparação mensal e cresceu 1,4% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do IBGE.
Conclusão
O dólar segue apresentando oscilações significativas, influenciado por tensões comerciais, expectativas de política monetária e o cenário macroeconômico global. Investidores devem continuar atentos aos desdobramentos da guerra comercial, aos sinais de recessão nos EUA e às decisões do Banco Central sobre a taxa de câmbio.