Dólar inicia a semana em queda com dados econômicos e incertezas comerciais no radar
O dólar abriu esta segunda-feira (24) cotado a R$5,7320, registrando queda na abertura dos mercados. O movimento reflete um conjunto de fatores econômicos e políticos globais, incluindo novas medidas protecionistas nos Estados Unidos, a suspensão parcial dos financiamentos do Plano Safra no Brasil e preocupações com o avanço do coronavírus na China. Além disso, o mercado monitora os impactos da recente intervenção do Banco Central no câmbio.
Acompanhe a leitura para conferir a cotação do dólar hoje, e as atualizações do mercado global.
Cotação do dólar hoje (24/02)
- Dólar comercial
- Compra: R$5,709
- Venda: R$5,710
- Dólar turismo
- Compra: R$5,770
- Venda: R$5,950
Última atualização: 09:33 A.M
Os dados refletem a atual movimentação do mercado, que acompanha as expectativas para a política econômica dos EUA e os indicadores financeiros globais.
Cenário global e impacto no câmbio
Medidas protecionistas nos EUA
O presidente Donald Trump reafirmou sua intenção de impor tarifas de 25% sobre veículos importados, o que pode ter impacto direto sobre o setor automotivo e o fluxo comercial global. A medida está prevista para entrar em vigor em 2 de abril, mas ainda gera incertezas quanto ao posicionamento do governo americano.
Além disso, Trump anunciou planos para dobrar a produção de energia nos EUA, priorizando fontes como carvão limpo, energia nuclear e gás natural, enquanto descartou a energia eólica, alegando custos elevados. Essas movimentações impactam diretamente os mercados de commodities e energia.
Coronavírus na China e seus reflexos
A descoberta de uma nova variante do coronavírus com potencial pandêmico na China aumentou a aversão ao risco nos mercados. Esse fator pressionou o preço do petróleo e afetou as principais bolsas globais, incluindo o Ibovespa.
A desvalorização do petróleo também impactou negativamente as ações da Petrobras, que registraram quedas de 0,29% (PETR4) e 0,56% (PETR3). Já a mineradora Vale (VALE3), após um pregão volátil, conseguiu reverter perdas e fechou com alta de 0,73%.
Desempenho do mercado financeiro
O Ibovespa encerrou a última sexta-feira (21) com queda de 0,37%, fechando aos 127.128 pontos. Essa baixa foi influenciada tanto pelo receio em relação ao avanço do coronavírus na China quanto pelas novas políticas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos.
No mercado de petróleo, os contratos futuros do Brent e do WTI registraram quedas próximas de 3%, refletindo um cenário de cautela no setor de energia.
Expectativas para março e o mercado cambial
O real segue com uma trajetória de recuperação, após ter atingido R$6,20 em dezembro e se valorizado para R$5,67 em janeiro. No entanto, o cenário ainda exige cautela. Caso Trump intensifique suas medidas protecionistas, o dólar pode ganhar força globalmente, pressionando o real e impactando o câmbio brasileiro.
O Banco Central anunciou um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025. Essa intervenção tem como objetivo conter a volatilidade do dólar e garantir maior estabilidade ao mercado.
Conclusão
O dólar hoje opera com viés de queda, refletindo um cenário misto de dados econômicos positivos e preocupações com a política internacional. A volatilidade cambial deve continuar nos próximos dias, com os investidores atentos às movimentações dos EUA, às decisões do Banco Central e ao avanço da pandemia na China.
Fique atento às atualizações do mercado para tomar decisões mais seguras em relação ao câmbio e investimentos. Acompanhe o nosso portal diariamente para mais notícias, e dicas de como investir no exterior com mais economia e segurança.
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