O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (24) cotado a R$5,7291, após atingir a mínima de R$5,6755 na última sexta-feira (21). A moeda encerrou o dia anterior com uma alta de 0,87%, refletindo a incerteza do mercado frente a fatores globais. Além disso, o setor financeiro acompanha com atenção a implementação do novo crédito consignado para trabalhadores CLT e MEIs, que pode impulsionar a economia.
Cotação do Dólar Hoje
Dólar Comercial
- Compra: R$5,7271
- Venda: R$5,7286
Dólar Turismo
- Compra: R$5,762
- Venda: R$5,942
(Atualização: 24 de março, às 09h00)
A oscilação do dólar reflete a expectativa dos investidores quanto às novas medidas tarifárias do governo dos Estados Unidos. Relatórios recentes indicam que as novas tarifas propostas por Donald Trump devem ser menos amplas do que inicialmente previsto, o que pode impactar os mercados globais.
Ibovespa e Mercado Financeiro
O Ibovespa registrou queda de 0,30% na sexta-feira (21), fechando em 132.344 pontos. Apesar da baixa, empresas como Petrobras e Vale se destacaram. A Petrobras acompanhou a valorização do petróleo internacional, fechando em alta de 1,55% (PETR4) e 1,61% (PETR3). Já a Vale (VALE3) conseguiu avançar 0,37%, mesmo diante da queda do minério de ferro no exterior.
Crédito consignado para CLT: Nova alternativa de financiamento
O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que mais de 40 milhões de trabalhadores já utilizaram a ferramenta de simulação do novo crédito consignado para profissionais do setor privado. A modalidade, chamada de “Crédito do Trabalhador”, entrou em vigor na última sexta-feira (21) e tem potencial para atender até 47 milhões de pessoas, oferecendo taxas de juros mais acessíveis.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que essa medida é uma “questão de justiça”, buscando oferecer aos trabalhadores do setor privado condições semelhantes às dos servidores públicos e aposentados. Ele também ressaltou a importância do teto para os juros rotativos, argumentando que essa iniciativa visa proteger os mais vulneráveis contra taxas abusivas.
Cenário geopolítico
Os investidores continuam atentos aos desdobramentos na Faixa de Gaza, onde Israel planeja ocupar novos territórios para pressionar o Hamas a libertar reféns. Nos EUA, o temor de uma recessão acompanha as incertezas sobre a política tarifária de Donald Trump. Caso o cenário de inflação e desaceleração econômica se concretize, a tendência é que os fluxos de capital retornem aos EUA, impactando a cotação do dólar.
Na Europa, a Guerra na Ucrânia caminha para possíveis soluções diplomáticas, o que pode reduzir parte da volatilidade no mercado cambial.
Com tantos fatores influenciando o cenário global, o dólar deve continuar oscilando próximo de R$5,70, enquanto o mercado monitora as decisões de política monetária e fiscal ao redor do mundo.