O dólar iniciou esta quinta-feira (06) cotado a R$5,7394 às 09h00, em um dia repleto de indicadores econômicos relevantes para o mercado financeiro. A moeda americana fechou a quarta-feira (05) registrando queda de 2,7%, e atingiu a mínima de R$5,7387.
O desempenho do dólar foi influenciado por uma decisão anunciada pela Casa Branca, que comunicou uma isenção temporária de tarifas para montadoras. A medida, que terá validade de um mês, foi resultado de negociações entre o então presidente Donald Trump e executivos da General Motors, Ford e Stellantis.
O objetivo é evitar impactos negativos para empresas ligadas ao Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Contudo, ainda não está definido se a isenção abrange exclusivamente os veículos ou também inclui peças automotivas. As montadoras pressionaram pela decisão para evitar a aplicação de uma tarifa de 25% sobre automóveis fabricados no México e no Canadá dentro das normas do acordo.
No cenário interno, a inflação na cidade de São Paulo apresentou uma aceleração em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,51% no mês, superando o resultado de janeiro, que havia sido de 0,24%. O mercado esperava um aumento de 0,45%, mas a inflação veio acima da expectativa.
Cenário atual do dólar
A expectativa para o dólar hoje é de continuidade na desvalorização. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas, atingiu seu menor nível em quatro meses, impulsionado por especulações sobre um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Dólar Hoje (06/03)
Dólar Comercial
- Compra: R$5,7500
- Venda: R$5,7520
Dólar Turismo
- Compra: R$5,8250
- Venda: R$6,0050
(Atualizado em 06 de março, às 09h00)
O dólar comercial e o turismo possuem cotações distintas devido às taxas adicionais embutidas nas operações de câmbio.
Bolsa de Valores e mercado financeiro
A Bolsa de Valores brasileira fechou o pregão de quarta-feira (05) com alta de 0,2%, atingindo 123.046 pontos. Após o feriado de Carnaval, o Ibovespa retomou suas atividades em alta, renovando máximas devido à valorização das ações da Vale e dos grandes bancos. O otimismo em Wall Street, motivado pela possibilidade de redução de tarifas nos EUA, também contribuiu para esse cenário positivo.
As ações da Vale (VALE3) registraram um crescimento de 0,80%, apesar da queda no preço do minério de ferro. O desempenho reflete a confiança dos investidores diante da manutenção da projeção de crescimento de 5% do PIB chinês para 2025.
Por outro lado, a Petrobras enfrentou forte desvalorização: PETR4 caiu 3,65% e PETR3 recuou 4,61%. O declínio foi influenciado pela baixa do petróleo no mercado internacional, após o anúncio do aumento da produção pela Opep+ a partir de abril. Os investidores também monitoram as negociações diplomáticas relacionadas à guerra na Ucrânia, com intermediação dos Estados Unidos.
Projeções para abril
O dólar tem apresentado oscilações significativas nos últimos meses, refletindo incertezas internas e externas. Nos meses de novembro e dezembro, a volatilidade foi influenciada por questões políticas e econômicas nacionais. Agora, fatores globais, como a disputa tarifária imposta por Trump e os desdobramentos do conflito na Ucrânia, continuam impactando a moeda.
A queda de mais de 2,7% registrada no pregão do dia 05 levou a cotacão do dólar a se aproximar de R$5,70. No entanto, analistas indicam que a tendência para o mês pode ser de valorização da moeda americana, embora o cenário permaneça incerto. Algumas decisões do governo dos EUA têm pressionado negativamente o dólar, tornando o mercado mais volátil.