O que é renda variável e quais são os tipos O que é renda variável e quais são os tipos

Renda Variável: O que é e principais tipos de investimento

Se você é iniciante no mundo dos investimentos, certamente já deve ter ouvido falar dos termos “renda fixa” e “renda variável”. Tratam-se de duas diferentes classificações de investimentos, com objetivos e riscos diferentes. Acompanhe a leitura para entender melhor sobre o funcionamento dessa categoria.

Ao compor sua carteira de investimentos, é essencial conhecer todas as possibilidades disponíveis. E as categorias de investimento ideais para você, vão depender do seu perfil de investidor. Afinal, cada investidor possui metas diferentes, e cada investidor está disposto a correr níveis diferentes de riscos.

Alguns investidores são mais conservadores, e preferem a segurança de saber que o dinheiro aplicado não está tão exposto a volatilidades. Outros, estão dispostos a lidar com a volatilidade e os riscos do mercado, com a finalidade de obter um lucro maior.

O que são investimentos de renda variável?

A renda variável é uma classificação de investimentos composta por ativos e produtos financeiros, sobre os quais não é possível saber antecipadamente como (ou se) ocorrerá a rentabilidade, logo, o capital está exposto a riscos. Não há garantias ou previsão sobre o retorno que pode ser obtido.

Os investimentos de renda variável são voláteis, ao contrário da renda fixa. O que significa que eles podem variar bastante ao longo do tempo. Apesar dos investimentos dessa categoria apresentarem um maior risco, o rendimento pode ser maior que o da renda fixa, já que não há limitações de taxa de juros.

Logo, essa volatilidade aumenta tanto os riscos quanto os potenciais de rentabilidade.

Já nos investimentos de renda fixa, o cálculo da remuneração é previamente definido e conhecido pelo investidor desde o momento da aplicação. A vantagem dessa categoria de investimentos é a segurança em saber que o seu capital não corre riscos. Porém, a rentabilidade está limitada, já que não ultrapassa a taxa pré-estabelecida. 

Quais são as vantagens de investir em renda variável?

Investir em renda variável é uma forma de buscar potencializar os seus lucros, indo além de taxas pré-determinadas. Afinal, como o risco assumido é maior em comparação a renda fixa, os ganhos também podem ser maiores.

Além disso, através dessa categoria de investimentos, é possível participar do lucro de grandes empresas, tornando-se tornando sócio delas. Ao comprar ações de grandes empresas, é possível receber dividendos mensalmente, referentes ao lucro dessas companhias.

Investindo em renda variável, você também pode participar de fundos diversos, nacionais ou internacionais. Afinal, também é possível participar dos lucros de grandes empresas estrangeiras, ao investir no exterior. Assim, você traz uma moeda mais forte para sua carteira de investimentos, aumentando sua segurança e os seus lucros.

Quais são as desvantagens da renda variável?

A grande desvantagem da renda variável é o fato dela apresentar um risco significativamente maior. O risco do mercado é o principal, já que os preços dos ativos costumam oscilar de acordo com o momento político e econômico do país. 

Ou seja, trata-se de um fator que impede que haja a previsibilidade sobre um retorno, já que o mesmo pode não ocorrer. Logo, é importante estar preparado para possíveis prejuízos.

A principal forma de se proteger de prejuízos significativos, é diversificar sua carteira de investimentos, trazendo mais segurança. É importante ter pelo menos 20% do seu capital investido em títulos de renda fixa, já que estes não apresentam tanta volatilidade.

Além disso, ao investir em ações, diversifique suas aplicações investindo em setores diferentes (saúde, mercado imobiliário, financeiro, consumo cíclico, consumo não cíclico, comunicações, tecnologia […]). Afinal, enquanto um setor pode estar passando por uma crise no momento atual, outro setor pode se encontrar em seu melhor momento.

Como explicado, os preços dos ativos oscilam de acordo com o momento político e econômico do Brasil. Logo, mesmo investindo em setores diferentes, se o Brasil, como um todo, estiver passando por uma crise, isso afetará significativamente sua carteira.

Portanto, outra forma eficiente de diversificar sua carteira de investimentos, é aplicando em ativos estrangeiros. Assim, você traz uma moeda mais forte para a sua carteira, a protegendo dos riscos, e deixa de estar vulnerável à situação econômica apenas do país em que reside.

Renda variável
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Tipos de investimentos em Renda Variável

Existem diversos produtos disponíveis na categoria de renda variável para investir o seu dinheiro.

Ações

Negociadas na bolsa de valores, as ações representam uma parcela do capital de uma empresa. Ao comprar ações, o investidor se torna sócio da companhia, e logo, participa dos lucros que ela obtém. Essa é a maneira mais conhecida de investir em renda variável.

Ao investir em ações, há duas formas de lucrar. A primeira é com a distribuição de dividendos, ou seja, uma parte do lucro das empresas que é distribuída aos acionistas. Antes de investir em uma empresa, confira se ela paga dividendos aos investidores.

A segunda forma, e a mais comum, ocorre através da valorização dos papéis na bolsa de valores. De acordo com os movimentos do mercado e resultados da empresa, o preço de uma ação pode aumentar ou diminuir. Quem compra uma ação por um preço mais baixo e vende mais tarde, quando o valor sobe, consegue obter lucros significativos.

Fundos imobiliários (FIIs)

Os fundos imobiliários reúnem investidores interessados em aplicar em conjunto no mercado imobiliário. Normalmente, o dinheiro é utilizado na construção ou na aquisição de imóveis.

Logo, os ganhos dessas operações são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou. A maioria dos fundos imobiliários realizam a distribuição de rendimentos mensais, o que faz com que muitos considerem os FIIs como investimentos de renda fixa.

Mas, os fundos imobiliários tratam-se de aplicações de renda variável, já que suas cotas oscilam na Bolsa de Valores de acordo com as condições do mercado ou a gestão da carteira. Logo, não é possível saber previamente qual será o retorno, e não há garantias de que os rendimentos serão mantidos ao longo do tempo.

ETFs

Os ETFs (Exchanged Traded Funds), também conhecidos como “fundos de índices”, são fundos que replicam a composição de índices financeiros, como o Ibovespa ou o IBxR, e tem as cotas negociadas no pregão da bolsa, como as ações.

Sua finalidade é oferecer aos investidores uma alternativa para investir em carteiras praticamente idênticas às principais referências do mercado, tendo como uma vantagem a sua praticidade, já que permite que o investidor aplique seu dinheiro em várias ações de uma vez sem precisar comprar papel por papel.

Além disso, o custo também é reduzido, já que as taxas de administração dos fundos de índices costumam ser bem menores do que as cobradas nos fundos de ações em geral.

Opções

As chamadas “opções” representam o direito de comprar ou vender uma ação (ou outro ativo) em uma data futura específica, e por um preço pré-estabelecido. Funciona como se fosse um contrato, classificado como “derivativo”, já que o preço da opção deriva do preço do ativo a que ela se refere.

O mercado de opções é bem grande, e elas podem ser utilizadas como hedge, ou seja, uma proteção no mercado futuro para os investimentos realizados no mercado à vista. Também é comum negociar as opções por si, sem ter a finalidade de proteger a carteira. A finalidade, nesse caso, é lucrar arbitrando os preços das opções, que oscilam com o tempo.

Câmbio

Já o investimento em câmbio envolve aplicações baseadas em moedas. Trata-se de uma alternativa para diversificar a carteira, e principalmente, para proteger o patrimônio das oscilações da economia brasileira.

Existem várias formas de investir em câmbio. Os fundos cambiais, por exemplo, mantêm pelo menos 80% do patrimônio investido em ativos relacionados a moedas. Além disso, também é possível investir em câmbio comprando contratos ou minicontratos futuros de dólar negociados no pregão da B3. Eles representam acordos de compra ou venda da moeda, a um preço fechado, em uma data futura.

Futuros

Os futuros são contratos financeiros que estabelecem um acordo entre duas partes para comprar ou vender um ativo em uma data futura e a um preço previamente estabelecido. Eles são considerados instrumentos derivados, já que o produto subjacente não é detido, e sim adquire valor com base no preço de um ativo subjacente, como um índice, uma mercadoria ou um instrumento financeiro.

Eles podem ser utilizados para diversas finalidades, mas costumam ser mais usados como estratégias de hedge ou para especulação.

Fundos de investimento

Existem vários fundos de investimento que permitem investir em renda variável, e os mais comuns são os de ações. Os fundos de ações são considerados maneiras mais práticas e menos arriscadas de investir em renda variável, já que quem se responsabiliza por decidir quais papéis comprar ou vender é um gestor profissional, o que é uma excelente alternativa para quem ainda não possui tanto conhecimento sobre ações.

Mas é claro que isso tem um custo. Há a cobrança de uma taxa de administração, e em alguns casos, também há a taxa de performance.

Criptomoedas

E por último, mas não menos importante, temos as famosas criptomoedas, que vem ganhando cada vez mais atenção nos últimos tempos. Trata-se de uma categoria de renda variável recente. As moedas digitais não são produzidas ou controladas pelos bancos centrais.

São basicamente códigos que podem ser convertidos em valores. A sua criação ocorre por meio de uma rede descentralizada de pessoas que, em seus servidores, registram as transações realizadas com essas moedas. São protegidas por criptografia e pela tecnologia de blockchain.

O bitcoin é a criptomoeda mais conhecida, mas existem diversos outros tipos. É possível investir nas criptomoedas através de corretoras especializadas, mas também existem fundos de criptomoedas.

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite que os fundos façam aplicações indiretas, por meio de cotas de outros fundos ou de derivativos no exterior (desde que sejam regulamentados em seu país).

Como investir no exterior morando no Brasil?

Investir no exterior é uma tarefa que pode ser feita de forma bastante prática e 100% digital atualmente, com o avanço tecnológico. Um exemplo é o transferbank, que é uma plataforma criada justamente para facilitar as operações de câmbio e os investimentos internacionais, permitindo a aplicação de dinheiro com agilidade e praticidade.

Através do transferbank, é possível investir em ativos internacionais tanto de renda variável quanto de renda fixa.

Confira o passo a passo para investir no exterior morando no Brasil: Como investir no exterior

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