Em novembro de 2024, o Brasil registrou um aumento nas importações de fertilizantes, com um total de 4,20 milhões de toneladas adquiridas. Esse volume representa um crescimento de 8,8% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram importadas 3,86 milhões de toneladas. No entanto, o número de novembro ainda está abaixo do recorde histórico registrado em 2021, de 4,53 milhões de toneladas.
Preço médio em dólares: queda após dois anos
Embora o Brasil tenha aumentado o volume de importações, o preço médio de importação de fertilizantes apresentou uma queda em dólares, marcando US$0,30 por quilo. Esse valor é o mais baixo para o mês de novembro desde 2020 e representa uma redução em relação aos dois anos anteriores, caracterizando o segundo ano consecutivo de queda no preço médio em dólares.
Aumento nos preços em reais
Quando o preço é analisado em reais, o cenário muda. Em novembro de 2024, o valor médio da importação foi de R$1,75 por quilo, o que representa um aumento de 8,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse aumento pode ser explicado pela valorização do real frente ao dólar, o que impactou diretamente os preços pagos pelos fertilizantes importados.
Análise de janeiro a novembro de 2024
Se analisarmos o período de janeiro a novembro de 2024, o cenário de queda nos preços permanece. O preço médio de importação foi de US$0,31 por quilo, representando uma redução de 14,8% em relação ao mesmo período de 2023. Já em reais, o preço médio foi de R$1,67 por quilo, uma queda de 7,6% em comparação ao ano passado. Esses dados indicam que, apesar da alta nos preços em novembro, o ano de 2024 teve uma redução significativa nos valores quando comparado ao ano anterior.
Conclusão
O aumento nas importações de fertilizantes pelo Brasil, combinado com a queda nos preços em dólares e o aumento em reais, mostra um cenário de volatilidade no mercado internacional. O impacto cambial tem sido um fator decisivo na composição dos preços, refletindo as variações nas cotações do dólar e as políticas econômicas do país. A análise de 2024 até o momento aponta para um ano de ajustes nos preços, com uma tendência de queda quando considerados os dados acumulados.