emos notícias todos os dias a respeito da cotação do dólar, um assunto de extrema importância e impacto na nossa vida. Mas você já parou para pensar no que de fato significa esse conceito? Acompanhe a leitura para entender melhor.
Como funciona a cotação do dólar?
Para entender como funciona, primeiro é preciso saber o que é a cotação do dólar. E a cotação nada mais é do que o valor de determinada moeda, estabelecido pelo mercado. Ou seja, pode ser definida como o preço momentâneo de uma moeda. Se o dólar hoje (01/01) está em R$4,85, essa é a cotação do dólar atual.
A cotação do dólar americano é influenciada por diversos fatores políticos e econômicos. Ela passa por variações diariamente, e esse sobe-e-desce da moeda acaba sendo uma consequência desses fatores.
É importante ressaltar que o dólar americano é uma moeda de alto impacto mundial, e é considerada a mais importante do mercado atual. Logo, sua valorização ou desvalorização é um indicativo de como o mercado se comporta diante de alguma situação.
Termos básicos que você precisa entender
- Dólar comercial: é o dólar usado na cotação da bolsa de valores, nas negociações feitas no exterior entre empresas e pelo governo. A cotação que vemos nos sites de economia e nos telejornais é a do dólar comercial. Ele deve ser mais acessível, ou seja, mais baixo.
- Dólar turismo: o dólar turismo, como já diz o próprio nome, é utilizado para as viagens ao exterior, e sua cotação vale também para as compras no cartão de crédito que você utiliza lá fora. O dólar turismo é sempre maior que o dólar comercial, por ser utilizado apenas para consumo.
- Sistema de câmbio (ou regime cambial): é um sistema de regras que determina como a troca de moedas vai acontecer entre países. Essa regulação acontece entre as autoridades monetárias de cada local. No Brasil, essa função é do Banco Central.
- Oferta e demanda: indica quanto um produto ou um ativo é desejado. Se há muita procura (demanda) por esse produto, e a oferta dá conta dessa demanda, seu preço tende a baixar, já que ainda é acessível. Por outro lado, se a oferta não der conta da demanda, o seu preço sobe.
Ou seja, quanto mais dólares circulando em solo brasileiro, mais barato ele fica. E quanto menos dólares tiver no mercado brasileiro, mais caro é para adquirir a moeda.
Sistema de câmbio flutuante
Desde 1999, o Brasil utiliza o regime de câmbio flutuante. Isso significa, na teoria, que o preço do dólar é muito mais determinado por fatores do mercado, sem tanta influência direta do Banco Central.
Mas o que acontece na prática é que ocorrem, sim, movimentações e influência do Banco Central (BC) para regular um pouco o preço do dólar em comparação ao real brasileiro.
O papel do Banco Central
Quando a demanda por dólares americanos aumenta, o Banco Central disponibiliza e vende dólares no mercado. Logo, a oferta de dólares fica mais ampla, e o preço do dólar cai. O oposto também ocorre. Quando entram investimentos em dólares no Brasil, o Banco Central pode comprar dólares e também injetar mais reais na economia.
E o resultado disso é que a taxa de câmbio (a diferença entre o preço do dólar americano e do real) não cai tanto, e o dólar pode ficar com o preço mais alto do que em comparação ao que foi ajustado pelo mercado externo.
É importante ressaltar que o dólar em alta beneficia alguns setores da economia. No caso do Brasil, podemos citar o exemplo da produção de café e soja, que são commodities muito exportadas. Logo, negociar essas exportações com o dólar em alta é positivo, pois significa um maior lucro para o Brasil.
O que determina a cotação do dólar?
O preço do dólar americano é influenciado por diversos fatores. Entenda:
- Taxa de juros: a taxa de juros em que os empréstimos em dólar são realizados influencia o preço da moeda. Quando as taxas aumentam, os investidores ganham mais dinheiro ao emprestar dólares enquanto os tomadores de empréstimos têm mais encargos ao pedir dinheiro emprestado. Já uma taxa de juros baixa significa que os tomadores de empréstimos terão menos custos, incentivando mais pessoas a comprar dólares.
- Comércio exterior: o comércio exterior também influencia o preço do dólar. Quando mais produtos são comprados e vendidos entre países, o fluxo comercial aumenta, o que normalmente leva a alta do dólar, já que as trocas financeiras são realizadas na moeda americana, mesmo que os Estados Unidos não estejam envolvidos nas transações. Por outro lado, se mais produtos forem importados do que exportados, haverá menos oferta de dólar, e consequentemente, o dólar cairá.
- Inflação: quando a inflação aumenta, o valor do dinheiro diminui e os investidores tendem a procurar outras formas de investimento. Logo, quando a inflação aumenta, o preço do dólar também tende a aumentar. Por outro lado, quando a inflação cai, o preço do dólar tende a cair.
Existe diferença entre a cotação do dólar comercial e dólar turismo?
A principal diferença entre o dólar turismo e o comercial é a variação dos preços, na qual o turismo tem uma cotação acima do comercial. Além disso, o fato de existir um custo de operações para assegurar o comprador e as empresas implica diretamente nessa diferença.
Conclusão
É importante prestar atenção na cotação do dólar para entender como isso impacta no poder de compra dos brasileiros, nos investimentos e planejamentos de viagens.
