A taxa de câmbio, além de representar o valor que uma moeda possui em relação a outra, também é uma das variáveis macroeconômicas mais importantes no mercado financeiro. Acompanhe a leitura para entender tudo sobre essa taxa, e como ela afeta os investimentos!
O que é a taxa de câmbio?
Mesmo se nunca tiver usado moedas estrangeiras, você já deve ter visto notícias sobre alta e baixa de moedas, principalmente dólar e euro. A taxa de câmbio diz respeito ao valor que uma moeda possui em relação a outra. Ou seja, a taxa especificada pela qual duas moedas diferentes podem ser cambiadas.
Ela tem um papel importantíssimo na relação comercial entre dois ou mais países, exercendo influência sobre o volume de trocas a depender se está valorizada ou desvalorizada. Além disso, existe também a influência interna da taxa cambial, que age diretamente sobre a produção e a inflação de um país.
Por isso, é muito importante entender sobre a taxa de câmbio, já que ela atua diretamente na vida de todos os brasileiros. Não apenas nas viagens internacionais, como nas simples idas ao mercado, passando também pelos investimentos.
Para entender melhor sobre a taxa de câmbio, imagine uma notícia considerando uma taxa de câmbio hipotética de R$5,10, por exemplo. Significa que a cada 1 dólar americano equivale a pouco mais de cinco reais brasileiros.
Como funciona a taxa de câmbio?
São considerados os fatores econômicos e políticos para aumentar ou diminuir o valor de uma moeda em relação a outra. Mas, o principal fator é a oferta e a procura de uma moeda. O dólar, atualmente, atua como a moeda responsável por definir a taxa de câmbio estrangeira, já que é a moeda mais utilizada para operações e transações comerciais e financeiras entre os países. Ou seja, é a moeda mais forte.
O que influencia a taxa de câmbio?
A taxa de câmbio, como mencionado anteriormente, é influenciada diretamente por decisões políticas e questões econômicas. Ela também tem forte influência sobre vários indicativos econômicos, como a taxa de juros, comércio estrangeiro, fluxo de capital, inflação, entre outros.
Em momentos de inflação elevada, como o que estamos vivendo atualmente, os bancos centrais elevam a taxa básica de juros para conter a atividade econômica e controlar os preços. Uma mudança na taxa de juros também provoca efeitos sobre o mercado cambial, causando a apreciação de uma moeda em relação às demais que continuarem com os juros constantes, por aumentar os fluxos de capital para o país.
Isso pode ser observado quando, por exemplo, os Estados Unidos elevam os juros, e todas as moedas mais arriscadas se desvalorizam em relação ao dólar.
As influências da taxa de câmbio também afetam os investimentos, já que as aplicações expostas ao câmbio são sensíveis não apenas às condições de um mercado específico, mas também às variações internacionais. Como por exemplo, os fundos cambiais, que são afetados diretamente pelas oscilações das taxas de câmbio nominais e reais.
Quais são os regimes cambiais?
Cada país pode escolher um regime cambial para determinar a sua taxa de câmbio. Existem três tipos diferentes. Confira:
- Câmbio Fixo;
- Banca Cambial;
- Câmbio Flutuante;
Câmbio Fixo
O regime de câmbio fixo é quando a autoridade monetária de um país escolhe manter paridade fixa em relação a uma moeda estrangeira. Essa escolha normalmente é feita quando a finalidade é evitar oscilações, e manter a estabilidade da moeda, para prover previsibilidade ao mercado. Assim, ocorre a manutenção dos preços internos estáveis, contendo a inflação.
Mas, apesar de prover previsibilidade nos preços domésticos, uma desvantagem desse regime cambial é que o custo para mantê-lo é bem alto, já que o banco central irá consumir reservas em moeda estrangeira, perdendo a efetividade da sua taxa básica de juros como mecanismo para regular a atividade doméstica.
Banda Cambial
Já no regime de Banda Cambial, a autoridade define uma faixa de preços na qual a taxa de câmbio poderá variar, e caso esse valor fique próximo dos limites, o banco central irá atuar para garantir que esses limites sejam respeitados. Por isso, são necessárias grandes reservas para manter a taxa equilibrada.
Câmbio Flutuante
A taxa de câmbio flutuante é o regime mais difundido no mundo atualmente, e é regido pelo mercado. Logo, não há intervenção do estado em relação ao nível que a moeda deva ter, sendo tratado como um preço livre.
É o regime adotado pelo Brasil. Entretanto, o Banco Central tem a permissão de intervir na taxa de câmbio, provocando o que é chamado de “flutuação suja”, ou intervenções com a finalidade de reduzir a volatilidade da taxa de câmbio, ou alterar sua direção.
