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Venture Capital: o que é e como funciona?

Venture capital, também chamado por capital de risco, é um tipo de investimento feito em empresas novas que ainda não faturam muito, mas que possuem um potencial muito grande de crescimento. A finalidade é injetar recursos no negócio para ajudá-lo a evoluir, além de influenciar na gestão e contribuir para uma futura venda de participação acionária.

Apesar de ainda estar se desenvolvendo no Brasil, venture capital não é um sistema novo. Diversas empresas bilionárias de tecnologia foram financiadas por esse mecanismo, como por exemplo: Apple, Microsoft, Yahoo, LinkedIn, e várias outras gigantes do setor e startups tiveram esse tipo de investimento para financiar seu crescimento.

O que é Venture Capital (ou “capital de risco”)?

Como explicado acima, um venture capital recebe recursos com a finalidade de auxiliar no desenvolvimento de negócios que ainda não faturam tanto. Geralmente, os investidores passam a ter uma participação acionária, mesmo que minoritária, e atuam de forma mais próxima aos sócios e em cargos estratégicos. Por essa razão, há uma grande expectativa em relação às metas de retorno sobre o investimento, exigência de proteções e preferências contratuais.

Quando a empresa obtém o rápido crescimento e alta rentabilidade, o negócio, consequentemente, passa a valer mais, e os investidores podem então resgatar o seu lucro e sair do fundo.

Como funciona?

Quando um investidor de risco aposta em uma startup, ele mantém uma parceria bastante próxima com os empreendedores, inclusive indicando executivos para ocupar cargos estratégicos na empresa investida.

Esse é um dos pontos que as empresas devem avaliar antes de buscar financiamento do capital de risco. É preciso avaliar se os empreendedores estão dispostos a receber orientação e a lidar com outros sócios apontados pelo fundo.

Ressaltando que, o objetivo é que esse negócio cresça rápido e tenha uma rentabilidade alta. Quando isso ocorre, a empresa passa a valer mais, e o fundo pode se retirar do negócio, permitindo que os cotistas resgatem sua participação com lucro. Esse é o chamado evento de liquidez, ou “exit”.

Qual o objetivo de uma venture capital?

O objetivo de um fundo de venture capital é ganhar dinheiro. Eles investem capital em uma empresa em troca de uma porcentagem societária, de 20% a 40%, dependendo do volume de investimento, estágio da empresa, experiência do time empreendedor e outras variáveis.

Após alguns anos, os investidores pretendem vender essas ações, através de uma Oferta Pública Inicial (IPO) ou à compra da empresa por uma corporação de maior porte, e recuperar X vezes seu investimento.

Diferença entre investidor-anjo, seed capital e venture capital

Diferença entre Venture Capital, Investidor Anjo e Seed Capital
Venture Capital: o que é e como funciona? 4

O significado de venture capital pode ser confundido com alguns outros termos como investidor-anjo e seed capital, já que ambos estão ligados ao capital inicial para as empresas que estão começando.

As principais diferenças entre eles são: 

  • O investidor-anjo é aquele que investe entre R$50 mil até R$500 mil;
  • Seed capital ou seed venture capital são investimentos de maior risco, entre os valores de R$500 mil a R $2 milhões no Brasil.

As rodadas de investimento

A rodada de investimento é o processo pelo qual uma empresa capta recursos para promover o seu crescimento contínuo. Trata-se de um modelo usado pela maior parte das startups para se financiar. Como citado acima, nas rodadas de investimento, os investidores oferecem dinheiro em troca de uma participação acionária (equity share) no negócio.

As rodadas são divididas em séries, e a classificação que as acompanha tem a ver com o estágio de maturidade da startup. Seus nomes seguem a ordem alfabética: a primeira rodada é a de série A, a segunda é a de série B e assim por diante. Antes disso, pode haver um investimento anjo ou um investimento semente. 

Qual é a estrutura de um fundo de venture capital?

Um fundo de VC funciona com base em três pilares:

A firma

É a organização que investe em empresas privadas (o tamanho e setor dessas organizações varia dependendo da firma e do fundo), de modo a potencializar seus resultados em médio e longo prazo.

Por exemplo: 

  • Sequoia Capital;
  • Andreessen Horowitz;
  • Monashees e Astella (brasileiras).

O fundo

É o mecanismo pelo qual as firmas investem em empresas. Os recursos dos fundos são levantados junto de grandes organizações, investidores pessoa física com grande acesso a capital e outras entidades, e administrados pelas firmas, que utilizarão esses recursos para injetar capital na companhia.

A maioria dos fundos estabelece prioridades de investimento, sendo que um fundo de uma firma pode ter como foco o investimento em empresas de biotecnologia e e-commerce, enquanto um segundo fundo é dedicado ao mercado mobile.

A finalidade de um fundo é realizar uma série de investimentos durante poucos anos, e recuperar X vezes o investimento realizado num prazo que varia de 7 à 10 anos, dando retorno às pessoas que investiram no fundo e para a firma. Quanto maior o valor de X, mais bem sucedido o fundo e mais fácil será captar outro.

Os sócios

São os administradores da firma, fazem seu gerenciamento no dia a dia, decidem em que empresas realizar investimento, compõem conselhos de administração, entre outras atividades.

Principal desafio de uma venture capital

O principal desafio de uma venture capital é conseguir ganhar muito dinheiro. Afinal, é a única maneira de compensar o risco que os investidores assumem quando injetam dinheiro no fundo.

Fundos de investimento devem ter um retorno de 3 a 5 vezes o valor do fundo para serem bem sucedidos, e existe uma grande chance das empresas que receberam os recursos falharem e não retornarem qualquer capital ao fundo (o que pode acontecer em muitos casos), e esse é o risco que os investidores correm. 

Para compensar as perdas com essas empresas, o fundo precisa investir em algumas pérolas, empresas que irão retornar o valor investido mais de 10 vezes.

Como investir em venture capital?

O investimento em venture capital pode ser feito por investidores individuais (que tenham recursos e conhecimento suficiente para isso), por meio de um Fundo de Investimento em Participações (FIP), ou por meio de companhias que adquirem participação em outras empresas.

Os FIPs podem investir em empresas de capital aberto ou fechado, e são estruturados como fundos fechados. Ou seja, só é permitido o resgate das participações no vencimento predeterminado, ou se uma assembleia de cotistas decidir pela sua liquidação.

A regulamentação dos FIPs está disposta na Instrução CVM 578/2016, e eles são destinados somente a investidores qualificados e profissionais

Enquadram-se na definição de investidor qualificado a pessoa jurídica que detém, no mínimo, R$ 1 milhão investidos comprovadamente no mercado, ou quem possua determinadas certificações da CVM. 

Já o profissional é aquele que possui recursos investidos superiores a R$ 10 milhões, ou que sejam instituições financeiras, agentes autônomos, fundos de investimentos, entre outros, equiparados pela lei.

Conclusão

O Venture Capital é uma excelente oportunidade para empresas com potencial de crescimento acelerarem o seu faturamento, além de ser uma oportunidade bacana para os investidores (apesar de possuir altos riscos).

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